Henrique VIII e Ana Bolena em The Tudors: sexo, ambição e lama formam a história inglesa
Acho interessante o modo como aprendemos História. Para começar, temos de decorar algumas páginas com nomes e datas, além de acontecimentos cuja compreensão nos é totalmente alienígena, sem conexão com nossa realidade. Nem mesmo as estátuas de pedra e os bustos mal-feitos que enfeitam nossas praças parecem nos indicar que aqueles fatos realmente pesaram sobre nossas vidas...
Por outro lado, acabamos estudando de forma mais aprofundada a História da Europa do que a nossa própria. Como nossos fatos históricos acham suas causas (ou melhor, relacionam-se...) na História Europeia, somos obrigados a entender o desenrolar da história gringa e "suas consequências'' para o Brasil. Note que, como as ondas quebrando na areia, nunca geramos nada, sempre recebemos de um centro. A Europa parece nos arrastar pelo túnel da história e, mesmo que não queiramos, somos levados pelo "progresso'' dos nossos tutores. Ou seja, somos mais um país sem identidade firmada, cujas principais matrizes ideológicas e econômicas continuam a provir dos centros do capitalismo e da "cultura civilizada''.
Dentre esses centros, e certamente o país que mais influenciou, política e culturalmente o Brasil, pelo menos até a década de 1930, está o Velho Reino da Inglaterra. Um país nublado, verde, pacífico, ao menos internamente, há mais de 300 anos. Dizem os livros de história inglesa, é claro... hoje, todo bom inglês é aficcionado pelos símbolos nacionais, hinos, pela monarquia e pela história do país que construiu o maior império da história. O patriotismo e saudosismo pelas glórias do passado fazem parte do cotidiano do britânico atual e, infelizmente, consomem muitas páginas dos nossos livros de História. Mas os próprios britânicos muitas vezes ignoram que sua apoteótica história não é lá tão dourada assim... vamos aos fatos mais hilariantes, com vistas à descontração e, em seguida, aos acontecimentos mais tristes da gloriosa história da Inglaterra.
1- Guerra de todos contra todos (559-1066 d.C.)

O mito de Arthur permaneceu como um dos pilares da nacionalidade britânica, apesar de seu fracasso. A própria monarquia fundou seu poder, posteriormente, nas lendas do rei cavaleiro. A vitória saxã, contudo, retalhou a ilha em pequenos reinos inimigos entre si, e, dentro desses reinos, grandes senhores, os Earl, lutavam entre si e contra o rei. Saques, pestes, técnicas agrícolas defasadas e o crescimento de exércitos mercenários transformaram a Inglaterra na região mais caótica da Europa. Esse cenário, contudo, foi superado pelo reino de Wessex que, com a liderança de Alfredo, o Grande, derrotou os outros reinos e pode reunir as forças dispersas contra a invasão viking do século VIII: grandes levas de dinamarqueses, ou danos, atacavam as costas da Europa em saques arrasadores. Sem um poder central que lhes resistisse, fizeram uma bela festa na ilha Britânica, destruindo principalmente dos mosteiros cristãos. A Inglaterra inteira mergulhava no paganismo sádico, com direito até mesmo à rituais de sacrifícios humanos e pedofilia generalizada. Ante a esse caos, Alfredo, rei de Wessex, conseguiu reunir tropas e esmagar, seguidamente, os danos e os seus próprios Earl, num nos eventos decisivos da história inglesa: no dia do Witan, a reunião dos Earl (condes) de Wessex com o rei Alfredo, os dinamarqueses invadiram o país, com mais de 6 mil homens, comandados pelo rei pagão Gutan, que, derrotado no último ano, firmara trégua com Wessex, e fazia questão de rasgá-la. E aí vai o segundo escândalo da história inglesa, após as "vitórias'' de Arthur: os próprios nobres, os Earl, apoiaram secretamente a invasão, acordando com Gutan o ganho de mais terras e garantindo as que já possuíam. A primeira nobreza da Inglaterra, literalmente, vendeu o país aos invasores estrangeiros... lembra alguma elite latino-americana, não?
Pois bem: Alfredo derrotou todos, com a ajuda da Igreja e de nobres menores, já que os grande senhores o traíram. Assim, Alfredo foi considerado o fundador do Reino da Inglaterra, herdado de Arthur, e iniciador do império britânico, por ter organizado o reino, construindo estradas, escolas, um exército permanente, moeda única, fomentado o comércio. Foi considerado o oitavo maior britânico da história. Seu neto, Altestan, finalmente expulsou os danos e se tornou o primeiro rei a se proclamar "senhor de todas as Bretanhas''. A alegria da dinastia de Wessex não durou muito: os danos voltaram, sob a liderança de Canuto, mais de 120 anos após a derrota ante Alfredo e conquistaram o trono inglês. O bisneto de Alfredo, Eduardo, o Confessor, canonizado pela Igreja, conseguiu reconquistar o reino com a ajuda nos normandos, dinamarqueses "civilizados'', estabelecidos no norte da França. Só que prometeu dar seu trono em troca, após sua morte, ao duque normando, Guilherme... o sobrinho de Eduardo, Harold, foi proclamado rei e derrotou os noruegueses, que invadiram o norte, mas não venceu as tropas de Guilherme. Este, autorizado pelo Papa e pelo rei francês, conquistou o reino e fundou a primeira dinastia a se proclamar senhora da Inglaterra. Os normandos, porém, implantaram uma espécie de Apharteid na nova possessão: os saxões eram proibidos de se organizarem, casarem com normandos, falar francês, possuir em grandes extensões de terra e até mesmo tinham o dever de "dar passagem'' aos normandos nas estradas e hospedá-los em suas peregrinações e viagens- de graça, é claro; haviam vilas só de saxões, guetos exclusivos para eles nas cidades e divisões separadas no exército, e nem mesmo nos torneios de cavalaria podiam competir contra normandos. Desnecessário dizer que os saxões eram os únicos punidos pelos xerifes e demais autoridades repressoras (xerifes eram autoridades políticas, jurídicas e fiscais, subordinados e nomeados pelo rei, responsáveis pela cobrança de impostos e pelo governo de regiões administrativas; muitos enriqueciam roubando os impostos, participando de chantagens, explorando os pobres ou associando-se a ladrões ou grandes comerciantes). Apesar desse regime segregacionista, Guilherme reorganizou o país, centralizando-o e terminando com a guerra geral e com o caos, que já duravam mais de 500 anos (a exceção do período de Alfredo, claro).
2- Monarquia Rosa-Choque e os ladrões dos pobres



Rodando um pouco a fita, essa situação de pobreza, roubos e contrabandos, além de guerras externas perpétuas, continuou até o século XIV. Eduardo I acabara de morrer, tendo conquistado a Escócia e conseguido reorganizar o reino. Mas sempre existe um filho gay, na história inglesa, para destruir a obra do pai: dessa vez, foi Eduardo II. Considerado bonito, loiro, forte e alto, Eduardo casou-se com Isabel da França, a mulher mais bela da Europa (embora se diga que Margarida de Borgonha fosse ainda mais bela), mas raramente visitava a mulher; só para usar suas jóias ou roubá-las para dá-las aos seus amantes. Estes passaram a governar o reino, nomeando as principais autoridades, comandantes do exército e mesmo membros da Igreja. A Escócia revoltou-se, diante do rei hedonista, e, com a liderança de Robert the Bruce,venceu os ingleses em 1314, dez anos após a morte de Willian Wallace, o verdadeiro herói dessa luta, vivido por Mel Gibson em "Coração Valente''. Após a derrota, a nobreza, diante dos altos impostos e do desinteresse do rei pelo governo, entregue às mãos dos seus favoritos, e com o apoio da traída rainha Isabel, conseguiu enforcar o amante do monarca, o cavaleiro de Gaveston. Alguns nobres, sob o comando de Roger Mortimer, levantaram armas contra o rei e foram derrotados. O país desorganizava-se, com os aliados dos amantes do rei roubando o Tesouro Real, vendendo licenças de comércio e iniciando uma repressão brutal contra os opositores. Enquanto isso, Eduardo divertia-se em tocar as obras do Palácio, admirando aqueles homens suados... uma obra que jamais terminava, pois o rei mudava radicalmente os projetos para permanecer empregando os trabalhadores. Costumava ir às docas do porto de Londres aliciar os marujos, além de beber com vagabundos e bandidos. Seu favorito de então, Hugo Despenser, adorava usar as jóias da rainha e maltratava-a em público, roubando suas roupas, mandando os guardas a prenderem no quarto ou mesmo reduzindo suas refeições a farrapos de comida. Nesse período, os comerciantes enchiam os cofres de dinheiro e a nobreza conspirava dia-a-dia para derrubar o rei.
No fim, após mais uma derrota na Escócia, a Rainha fugiu com o príncipe herdeiro para a França, onde levantou um exército com a ajuda do irmão, o rei Carlos, de Roberto D´Artois (uma figura... vou postar algo sobre ele em breve, aguardem!) e do conde da Holanda, e invadiu o reino, sob a liderança de Mortimer, agora amante da rainha. Entrando gloriosamente em Londres, perseguiram o rei Eduardo e o prenderam em um Mosteiro, onde este havia se escondido. Como tinham de livrar-se do rei para consolidar o poder, Mortimer e Isabel ordenaram que matassem Eduardo, sem deixar vestígios. Os carrascos, então, lembrando dos vícios do rei, bolaram um modo engenhoso de matá-lo: esquentaram um chifre no fogo em brasa, preso em uma barra de ferro, seguraram o monarca e introduziram o chifre em brasa no reto real. O grito de dor de Eduardo pode ser ouvido por camponeses à quilômetros de distância...
No fim, após mais uma derrota na Escócia, a Rainha fugiu com o príncipe herdeiro para a França, onde levantou um exército com a ajuda do irmão, o rei Carlos, de Roberto D´Artois (uma figura... vou postar algo sobre ele em breve, aguardem!) e do conde da Holanda, e invadiu o reino, sob a liderança de Mortimer, agora amante da rainha. Entrando gloriosamente em Londres, perseguiram o rei Eduardo e o prenderam em um Mosteiro, onde este havia se escondido. Como tinham de livrar-se do rei para consolidar o poder, Mortimer e Isabel ordenaram que matassem Eduardo, sem deixar vestígios. Os carrascos, então, lembrando dos vícios do rei, bolaram um modo engenhoso de matá-lo: esquentaram um chifre no fogo em brasa, preso em uma barra de ferro, seguraram o monarca e introduziram o chifre em brasa no reto real. O grito de dor de Eduardo pode ser ouvido por camponeses à quilômetros de distância...

3- Surras e mais surras
No fim do século, o primo de Ricardo, Henrique de Lancaster, dá um golpe de Estado e se torna rei da Inglaterra. Seu filho, Henrique V, retoma a guerra dos cem anos e vence os franceses, em Azincourt, numa das maiores batalhas da idade média, conseguindo casar com a filha do rei da França, Carlos V, além de obter um tratado de "rendição'' do sogro, declarando que Henrique assumiria o trono após sua morte. França e Inglaterra seriam um único reino... mas Henrique morreu de hemorróidas, apenas 3 meses antes do rei Carlos. Seu filho, Henrique VI, um bebê de poucos meses, herdou as duas coroas. Crescendo, se revelou um verdadeiro incompetente, destruindo a obra do pai: construiu escolas e Igrejas, quebrando o Tesouro Real; desligou-se da Guerra, deixando-a ao cuidado dos nobres, que sofriam cada vez mais derrotas e deixou o poder nas mãos de sua mulher, Margarida, uma francesa ambiciosa e, dizem, adúltera; no fim, de tão endividado pelas obras de caridade e religiosas, teve de pedir emprestado e, no Natal, sem crédito na praça, ele e a rainha não puderam jantar... enquanto isso, mercadores, nobres e mercenários lucravam vendendo produtos caríssimos à população francesa dominada, fornecendo equipamentos para as tropas ou simplesmente saqueando. Formou-se um mercado subterrâneo de morte, roubos e quadrilhas que envolviam mesmo nobres de alta linhagem. Cada vez mais derrotados, os exércitos de mercenários, acostumados aos grandes saques na França, retornavam ao reino e trabalhavam para que pudesse pagar mais. Enquanto isso, o rei, um devoto da Igreja, rezava terços e mais terços...

4- Agora, quem manda sou eu




5-Estado liberal? Conte-me mais...

Após o golpe, Guilherme, investido como rei, enfrentou inúmera revoltas. Nobres, comerciantes, o clero católico e anglicano tentaram restaurar a dinastia Stuart dois anos depois da ascensão de Orange. Na batalha de Boyne, Guilherme venceu Jaime II e o expulsou da Irlanda. Mas as conspirações continuaram, com tentativas de assassinato e mini-golpes no Parlamento, onde Torys, partidários dos Stuart, se digladiavam com Whigs, ou liberais, partidários de Guilherme; em 1705, um bispo espanhol, a frente de 5 mil homens, invadiu a Inglaterra e causou estragos na costa leste do país. O país, contudo, passou a ser comandado pelos capitalistas e pelos landlords, grandes latifundiários da gentry, a nobreza rural. O problema é que a velha nobreza e mesmo o povão estavam insatisfeitos. Tanto que bispos da Igreja e nobres de alta linhagem, em 1714, trouxeram, em segredo, para a Inglaterra o príncipe James III, filho de James II.

Quem reinava era Ana, sua irmã, que sucedeu Guilherme e Maria Stuart, e estava a beira da morte; esta havia indicado o príncipe holandês Jorge Luís de Hannover ao trono, um estrangeiro, algo que causava profundo ódio nos ingleses. Assim, organizou-se uma grande conspiração, digna de Hollywood: trouxeram-se soldados, nobres fizeram acordos, comerciantes sonharam com alguns monopólios régios, bispos católicos pensavam em recuperar a Inglaterra ao catolicismo... estando tudo pronto, a rainha morreu e, no mesmo dia, cercou-se o palácio. Já antegozando o poder e distribuindo cargos, os conspiradores perceberam que faltava-lhes algo... o príncipe, que iria ser proclamado rei, restaurando o absolutismo, tinha saído de Londres. Havia ido cortejar uma dama da baixa nobreza... cortejo que custou caro: os Whigs se organizaram, expulsaram os golpistas e proclamaram Jorge rei da Inglaterra. James teve de fugir, junto com seus apoiadores, para a França, onde seu primo, Luís XIV, acabara de morrer.

Quem reinava era Ana, sua irmã, que sucedeu Guilherme e Maria Stuart, e estava a beira da morte; esta havia indicado o príncipe holandês Jorge Luís de Hannover ao trono, um estrangeiro, algo que causava profundo ódio nos ingleses. Assim, organizou-se uma grande conspiração, digna de Hollywood: trouxeram-se soldados, nobres fizeram acordos, comerciantes sonharam com alguns monopólios régios, bispos católicos pensavam em recuperar a Inglaterra ao catolicismo... estando tudo pronto, a rainha morreu e, no mesmo dia, cercou-se o palácio. Já antegozando o poder e distribuindo cargos, os conspiradores perceberam que faltava-lhes algo... o príncipe, que iria ser proclamado rei, restaurando o absolutismo, tinha saído de Londres. Havia ido cortejar uma dama da baixa nobreza... cortejo que custou caro: os Whigs se organizaram, expulsaram os golpistas e proclamaram Jorge rei da Inglaterra. James teve de fugir, junto com seus apoiadores, para a França, onde seu primo, Luís XIV, acabara de morrer.


Chegando a Escócia, Charles Stuart encontrou os clãs escoceses prontos para a guerra, junto com alguns nobres e militares. Rapidamente, iniciou um levante em massa no norte escocês e derrotou as forças do Parlamento local. Conquistou toda a Escócia e avançou para a Inglaterra, almejando alcançar Londres: tomava cidade atrás de cidade, para o desespero do Rei Jorge e do Parlamento, cujos membros começaram a fugir, diante da chance de vitória de Charles; diante do avanço das forças de Londres, os revoltosos recuaram para a Escócia. As massas populares apenas acompanhavam o desenrolar das coisas e esperavam o fim do jogo, que veio rápido: as tropas da Inglaterra venceram Charles e este, com ajuda de sua amante, conseguiu fugir para a França, e, de lá, não conseguindo pagar os empréstimo, fugiu para Veneza, onde, sempre alcoolizado, passou o resto da vida. Os escoceses foram deportados para a América, e ainda hoje brindam àquele memorável príncipe que, 100 depois da Revolução inglesa, quase restaurou o absolutismo.
A dinastia Hannover, então, entregou o poder às mãos do Parlamento. Mas nem todos os reis aceitaram essa posição: Jorge III resolveu que não seria "uma figura simbólica''. Demitiu ministros do Parlamento, emitiu projetos de lei e comprou, literalmente, o apoio de parlamentares. Distribuiu cargos, fechou contratos com grandes companhias de comércio e comandou a maior guerra da história até então, a dos Sete anos, contra a França, e venceu. O poder voltava às mãos da realeza, para desespero dos liberais, e a Coroa concentrava os três poderes. Todos os primeiros-ministros do reinado de Jorge foram indicados por ele, pelo menos enquanto esteve lúcido, sendo o mais importante William Pitt. Tudo, inclusive assassinatos, compras de votos, subornos e distribuição de cargos públicos, era válido, segundo o rei e seus apoiantes, para lograr êxito em seus objetivos. Contudo, a guerra arrasou de tal modo as finanças do reino que Jorge III foi obrigado a aumentar os tributos dos colonos americanos e intervir em seu lucrativo livre-comércio; ou seja, a Inglaterra nada tinha de liberal e tentou esmagar o liberalismo nascente americano. Os puritanos não aceitaram e, vinte anos depois, derrotaram os ingleses, com a ajuda da França e da Espanha, conseguindo sua independência. Jorge, nessas épocas, havia enlouquecido: adquirira porfiria, um acúmulo de mercúrio no corpo que causa diversos sintomas, inclusive demência. Conversava com animais e árvores, uma das quais dizia ser "meu amigo, o rei da Prússia''. Quando tinha calor, retirava suas roupas onde quer que estivesse, durante a Missa, cerimônias de Estado ou mesmo diante do Parlamento (!). Striptease no Parlamento, já pensou?
Jorge se recuperou e comandou o país nas guerras contra Napoleão, até enlouquecer de vez. Seu filho, Jorge IV, um libertino, transformou a Corte no lugar mais imoral da Inglaterra. Odiava a esposa, com quem teria se deitado apenas três vezes, preferindo sua amante. Foi em seu reinado que o embaixador de uma pobre e falida nação se dirigiu ao rei e pediu o reconhecimento da independência de seu país- e alguns empréstimos. Essa país era o Brasil, que tomou 2 milhões de libras dos banqueiros ingleses e os pagou a Portugal pela independência. Não é preciso comentar mais...
5-Conclusões


Foi esse país que, como potência imperialista, "autorizou'' a independência do Brasil e dominou a economia nacional por mais de 100 anos. Foi essa nação de "heróis'', guerreiros, banqueiros e personagens de contos de fadas que comandou a morte de mais de 130 milhões de pessoas, em seu império colonial secular; foram estes mortos que construíram a glória britânica e sua riqueza, não heróis inventados, que, na verdade, apenas prejudicaram, quando muito não atrapalharam, o desenrolar dos acontecimentos sociais que conduziram à formação da moderna Inglaterra. Muito cuidado com o nacionalismo inglês: falso, mortal, perigoso. Faz mal a saúde, e continua fazendo.
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