A trôpegos passos de insone
Me conduzo à procura do teu ícone
E espero pela tua entrada
Ante as comensais isoladas
“Eu te verei?”, sofro
Enquanto aos céus oro
Para que te deixes contemplar
Dar-se a ver ou ser visto?
Que mais vale a um coração?
Pois um olhar teu, em lampejo
Incendeia o meu ensejo
O ser visto vai além
De toda a forma fica sem
Não mais um ser; mas "o" ser da paixão
Contemplar ou contemplado ser?
Não duvido, pois, sem pensar
Te digo que o êxtase de contemplar
Supera o dar-se a ver
E rogo todos os dias para que o meu ser visto sempre se desvele.
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