segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Contos privados do governador de Pernambuco - O julgamento final (parte um)




O governador esfregou os olhos preguiçosamente. No relógio da parede, as cinco da tarde chegavam sob cada pequeno avanço do ponteiro dourado e com uma brisa suave, mas gélida, eriçava os pelos do braço forte do primeiro mandatário do Estado. Parecia um aviso, um alerta; talvez o cochilo diário da tarde fosse acompanhado pela fatura que só pecado da preguiça pode gerar.

Levantando-se, apanhou seu celular na mesa de mármore da sala, deixando sua amada varanda para trás, arrastando os pés. Com um esgar de aborrecimento, notou as mais de dez chamadas perdidas e um permanente toque anunciando a chegada de diversas mensagens de aplicativos. Não era justo que até a paz do domingo lhe fosse negada. Tinha convicção, nesse sentido, de que homens de bem não faziam nada aos domingos e só as raposas, bandidos ou vagabundos se ocupavam de ofícios quaisquer no dia que foi reservado pelo Sagrado para o descanso. Pensava isso não por que fosse religioso: afinal, aproveitar-se daquilo que aos seus olhos eram as coisas boas da religião e dispensar as ruins e irritantes (como ajudar ao próximo e falar a verdade) já havia se tornado um hábito.

O que teria ocorrido? Aliados insatisfeitos? O governador pensara que os pedaços de governo que havia jogado no chão para os “aliados programáticos’’ bastavam. Uma rebelião em algum presídio? A bronca dada aos diretores dos estabelecimentos, com ameaças de desoneração (o que implicava a queda de boa parte da camarilha que acompanhava cada gestor), poderia por medo até no PCC. Possibilidades de alguma aventura de alcova? Ah, isso o interessava, mas, ao verificar as mensagens, só notou contatos masculinos. Podia então se dar ao luxo de tomar um banho relaxante. A única coisa que fez antes de se encaminhar para o banheiro foi passar uma mensagem para seu secretário, ordenando que realizasse uma filtragem daquela imensa e irritante quantidade de informação.

Depois de quarenta minutos e quatro aplicações seguidas de um shampoo anti-queda contra a calvície, fato que muito lhe manchava a vaidade e autoestima, o homem mais poderoso do Estado ouviu a campainha tocar. Ignorando a chamada, continuou a se enxugar, quando ouviu novo toque. Irritado, foi se vestir ao som de mais cinco toques, e a raiva que sentiu o fez suar mais que o vapor da ducha inglesa recém-utilizada. Onde raios estava a empregada?

Se dirigindo para a sala, girou a maçaneta dourada da porta e deu de cara com o secretário de Segurança Pública. No milésimo de segundo entre a porta escancarar e a primeira palavra ser trocada, uma faca cravou-se no peito do governador e rasgou-lhe o coração até as entranhas. Algo estava muito errado.

- Governador, mil desculpas por importunar o senhor em pleno fim de semana... – começou o homem baixinho e calvo, que nada mais era que um servidor público de carreira que ocupava interinamente a pasta. O último secretário indicado, o quinto de uma série tão catastrófica quanto a campanha de alguns times de futebol do Estado (alguns brincavam que a segurança pública do Estado havia caído da “primeira para a quarta divisão’’ em poucos meses), havia caído depois que um ônibus foi sequestrado ao lado do comando da Polícia; mas, pelo menos nesse episódio, algumas vítimas saíram vivas.

O secretário começou, mas não terminou. O governador, desmemoriado da sua rigidez habitual com os subordinados, somente esperava. Não queria apressar notícias ruins. Na sua mente, quanto mais uma catástrofe não fosse por ele conhecida ou ignorada, mais ela podia ser negada diante da mídia com maior sinceridade autêntica.

Enquanto aquela situação se tornava cada vez mais constrangedora pela mudez do subordinado e a impotência do chefe, alguns fogos de artifício eram ouvidos ao longe. Ou ao menos pareciam fogos. O sexto ou sétimo pipoco, no entanto, deixaram o governador mais azul do que já estava: pareciam ser tiros.

- Maciel, o que porra foi que aconteceu? – falou o chefe, numa voz sumida. A atenção de ambos foi desviada pelas portas do elevador, também douradas, que se abriram silenciosamente. Por elas passou um homem alto, com uma barriguinha saliente contida pelos botões dourados da farda da Polícia a frente e um passo ordenado e forte. A gravidade do seu olhar fez o governador ver estrelas. Precisava se sentar.

- Excelência – falou, como o arauto da tempestade – tentamos falar com o senhor desde a hora do almoço.

Comida? Ele estava prestes a coloca-la para fora. Sentia pena pelo delicioso risoto francês se tornar uma pasta gosmenta.

O governador viu as estrelas piscando e sorrindo para ele. Logo o brilho delas foi tão intenso que nada mais via, a não ser uma luz branca que parecia lhe rachar a cabeça e os olhos. A realidade era dor, luz e o nada. Sem tiros, sem desespero, sem aquela notícia brutal congelada na garganta do secretário. Ah, seu belo risoto!

Quanto voltou a si, o primeiro mandatário estava em sua poltrona de couro, sentindo um forte odor de álcool e sendo observado com preocupação pelo secretário e furor pelo comandante da Polícia. Tentou fechar os olhos e ainda fingir que ainda dormia, mas era tarde demais: fora visto.

- Que houve? – murmurou, para ganhar tempo enquanto organizava seus pensamentos.

- Governador, tentamos resistir, mas eles entraram no Palácio. Pegaram tudo e queimaram o resto. E depois... – começou o comandante, quando foi interrompido pelo secretário.

- Senhor, pare! Deixe-o ao menos recobrar o fôlego!

Furioso, o policial esbravejou contra o burocrata, e uma intensa discussão teve início. Como contaram mais tarde, os privilegiados vizinhos do governador ouviram, no meio dos gritos, as palavras “desastre’’, “loucura’’, “impotente’’, “frouxo’’, “encher’’, “rabo’’, “dinheiro’’ e, a mais repetida, “guerra’’. Guerra. E não era letra de música, embora algum MC pudesse compor o sucesso do próximo verão com esses termos.

Ah, não. Não no seu governo. Era hora de chamar o feito a ordem e matar o problema com uma canetada certeira, como de costume.

- Olha – começou, paternalmente – eu já entendi a situação. Maciel – disse, dirigindo-se ao secretário – liga pro chefe de gabinete e manda fazer uma nota oficial. O modelo padrão mesmo.

Revirando os olhos, o comandante da máquina policial bufou:

- Senhor, modelo padrão não vai resolver. Aliás, modelo nenhum, papel nenhum, acho que nem o Exército resolve!

Então a porra era séria. Pegando o controle e ligando a televisão de cinquenta polegadas, com a mais moderna tecnologia de cristal líquido, deu diretamente com a musiquinha do plantão da Globo. Como se fosse iniciar uma descida numa montanha russa, o governador sentiu o estômago cair e desmanchar-se no chão.

“Às quatorze horas desse Domingo, bandidos tomaram o Palácio do governo de Pernambuco depois de enfrentar a PM no que começou com uma briga de torcidas organizadas...’’

As imagens eram feias. Um homem atirou um coquetel Molotov contra as vidraças do Palácio, que explodiram em chamas. Um grupo de policiais do batalhão de choque, com os escudos juntos, recuava e era posto pra correr por uma tempestade de pedras, pedaços de vidro e bombas de São João. Seguiram-se cenas de ônibus em chamas e, ao longe, uma imagem aérea focava o palácio do governo tomado por chamas negras. A repórter finalizava a inserção informando que, em todas as cinco zonas da cidade, foram relatados distúrbios, saques e mortes ainda não contabilizadas - embora  registradas a todo momento.

- Estão chamando de “o julgamento final’’. – sentenciou o coronel.

Puta merda, pensou o governador.

***

Então era por isso que ninguém estava em casa. Teriam todos fugido? Teria sido deixado para morrer na pior série de ataques que a cidade já vira? O governador roía as unhas. Nem nas brigas de colégio se sentia tão só.

Enquanto o tempo passava e os primeiros relatórios lhe eram expostos pelo coronel, percebia-se o quando a situação era desesperadora. E o maldito telefone não parava de tocar, turbando seus pensamentos, que só se dirigiam à uma absurda falta de orientação. Era como estar, novamente, numa banca de sala de aula, prestes a fazer uma prova sobre geografia física ou história, as únicas coisas que davam mais medo ao governador menino do que as sandálias da mãe.

Quando a porta se abriu novamente, o governador foi despertado do seu transe. Mais secretários, junto com o líder do governo na Assembleia Legislativa, entravam na residência do homem a quem deviam seus cargos, privilégios e sua obediência. Todos em pé, formavam um grupo sinistro, como se fossem um Tribunal do Júri e o governador, o único sentado no centro da formação, fosse o réu.

- O senhor deve estar a par – começou o homem desagradável que era secretário da Educação. Era uma herança da gestão anterior – e tão pesada e desagradável que o governador se recusava a decorar seu nome, rebatizando-o mentalmente de “secretário um’’.  – Então nós podemos ser bem francos aqui – continuou, carregando o sotaque pesado de sertanejo  e olhando ao redor – por que nós conversamos no caminho e achamos que a melhor opção é decretar calamidade pública e pedir uma mão do governo federal. O senhor sabe, estamos todos na base, o presidente não vai se negar, sabe, até por que eu mesmo tenho muito trânsito com ele, posso até fazer o contato, mas, claro, a ordem será sempre sua.

O primeiro mandatário detestava aquele tom autoritário e petulante do secretário um. Parecia estar, a todo momento, ameaçando a posição do chefe ao ostentar suas (as vezes superestimadas) boas conexões políticas. Respondeu com um torcer dos lábios que os assessores mais próximos identificavam como um “por mim mandava atirar você da janela, mas é isso mesmo’’. Olhou ao redor e seus olhos recaíram sobre o secretário da Casa Civil, Evandro.

- Veja, não tenho dúvida de que é isso mesmo que Dorival falou. Mas assinar um papel e jogar a bomba pra Brasília pegaria muito mal. Seria tipo um atestado de que não temos competência pra resolver o problema, e veja, já estamos dependentes demais do governo federal na questão das contas – à menção dessa última palavra, o governador fechou os olhos. Aquele era o outro inferno na sua vida. Tanto o era que simplesmente esqueceu do resto da fala do seu secretário.

- Não – falou firme outro homem, um indivíduo repugnante também herdado da gestão anterior, nominado “secretário dois’’ pela sua velha aliança com o secretário um e por compartilhar com ele, igualmente, da ojeriza do chefe do governo. – Quer tirar onda é Evandro? Acha que a gente peita essa bola sozinhos? Saiba você que os policiais estão se recusando a ir pra rua. Eu não culpo ninguém nessa situação. O coronel disse no celular que a munição da tropa acabou antes das quatro da tarde.

O militar assentiu com a cabeça.

- Então manda comprar mais – começou o secretário de Finanças, Murilo, notoriamente conhecido nos corredores do Palácio do governo como “Murilove’’ pela a enorme lista de beldades provenientes da alta sociedade pernambucana que já desfilaram pelos seus braços. – Posso emitir um decreto liberando a receita pra isso. Com o decreto de calamidade, dá pra liberar o dinheiro ainda hoje, liberar no armazém do Exército e já armar o nosso pessoal.

O governador assentiu. Finalmente alguém que, ao invés de contar os problemas, agia para resolver, exatamente como devia ser. Se dependesse dele, somente homens como Murilo estariam no seu governo; mas sabia que não poderia nem dar um passo rumo ao banheiro para cagar sem que algum daqueles crápulas lhe ajeitasse o assento da privada, outro o limpasse e o último desse a descarga. Isso mesmo: para o governador, governar era como ir ao banheiro. Era uma necessidade básica, era incômodo, envolvia sujeira e, ao mesmo tempo, limpeza. Governos bons terminavam leves e limpos; governos ruins, constipados e mau odorentos. E, claro, se alguém tinha que meter a mão na merda – o velho jogo de safadezas, compras de voto, venda de cargos etc. – eram seus três secretários sem nome. Nesse ponto, a atenção do governador se voltou para o último daquela tríade sinistra encarregada dos negócios escusos do governo.

- Tem que dar as caras. Nessas horas é muito importante que o povo e a mídia vejam o que seu governador tem a falar da situação, até pra tranquilizar enquanto a gente trata de saber mais do que ta acontecendo. Eu digo mais: se o senhor for pra rua, acompanhar os trabalhos da polícia, for como um general na frente de batalha, acho que isso reverte um pouco pra gente -falou, com um sorriso enrugado, aquele ex-governador que hoje era o secretário da Agricultura e, secretamente, o “secretário três’’, o líder do trio parada dura que controlava parte da base do governo na Assembleia legislativa.

Foi a primeira vez que naquele furdunço todo o governador teve vontade de rir. Como seria interessante para esta velha raposa se ele, o chefe, fosse alvejado e morto pelos bandidos, gerando um clima de comoção que podia muito bem ser aproveitado por aqueles que “voltariam nos braços do povo’’ para salvar o perdido e órfão Estado de Pernambuco...

- Mas isto seria uma idiotice – falou, com franqueza, o coronel comandante da Polícia. Era um homem severo e seco, mas leal e honesto, até onde se sabia. – O melhor agora é arranjar a munição mesmo. E mais importante, não deixar que essa informação vaze.

Puta merda, pensou o governador. Leal e franco, mas as vezes burro como uma porta era esse comandante. É óbvio que alguém naquela sala iria vazar a notícia de que as forças policiais estavam sem munição para enfrentar a bandidagem. A pergunta era em quantos minutos a notícia seria postada em algum blog.

Era hora de agir.

- Murilo, faça o que você disse por favor, imediatamente. Você, o coronel e o Maciel, por favor, vejam se podem ir adiantando isso agora. Eu vou falar em público sobre isso, não se preocupem. Mas peço que nenhuma declaração seja dada até que eu mesmo esclareça as coisas para a imprensa. Moreira. Alguém conseguiu contato com o Moreira? Maciel, liga pra ele, diz pra ele agendar isso aí direitinho. No mais...

O celular do secretário três tocou espalhafatosamente, cortando a fala do governante. Com brilho nos olhos caídos, o secretário atendeu e estendeu o aparelho para o governador. Quem estava na linha era o presidente da República.

“Será que isso acaba?’’, pensou o governador, antes de forçar um sorriso e por o celular no ouvido.

***

Até a meia-noite, os policiais haviam dominado as ruas. Camburões – conhecidos dos filmes policiais como “caveirões’’ – percorriam as ruas, junto com motos, carros da guarda municipal e viaturas. Os dois únicos helicópteros da Polícia varavam os céus e os latidos de cachorros treinados foram constantes durante toda a madrugada. Não fora preciso solicitar ajuda do Exército.

Em termos logísticos, a operação “abafa’’, como foi batizada pela criatividade mordaz do secretário três, foi um sucesso. Foram mais de cento e vinte prisões, quinze bandidos mortos, quase cem mil reais apreendidos e, na grande surpresa da noite, a tropa especial da polícia estourou um depósito, na periferia da cidade, com quase cem quilos de drogas. Telefonemas do secretário de comunicação social, o Moreira citado na tensa reunião ocorrida no apartamento do governador, já tinham consolidado entre a imprensa a versão de que a briga de torcidas na verdade era um desdobramento da disputa entre gangues por um carregamento de drogas que seriam vendidas no jogo ocorrido naquele dia. Assim, a maior parte dos mortos foi transformada em membros de gangues rivais que se mataram. O “cidadão de bem’’ havia sido preservado pela rápida ação da polícia, que abriu mão de proteger o Palácio do governo para combater os marginais em diversos pontos da cidade.

E como aqueles jornalistas sabiam trabalhar. Foram entrevistados policiais, empresários e trabalhadores, estes à beira das paradas de ônibus, indo trabalhar com aparente tranquilidade, sob o olhar vigilante das constantes patrulhas. O governador até conseguiu comer suas panquecas com certa satisfação no café da manhã, enquanto assistia o jornal matutino.

A bonomia acabou quando um jornalista tomou as declarações do líder da oposição, o professor, poeta e jurista Demócrito Pinto, em meros vinte segundos. As acusações foram pesadas e, aos olhos do governador – que sabia que seu governo não era de jeito nenhum “limpo’’ – até mesmo injustas. Tudo começava com descontrole das contas públicas, cortes no orçamento da segurança e gastos descontrolados com obras (sim, era época de eleição municipal e os candidatos do governo precisavam dar um up grade em suas gestões) e ia até o famoso decreto do governador que regulava, no âmbito estadual, as torcidas organizadas. A conclusão do opositor era de que o governador recebera propina das torcidas organizadas para liberar suas atividades e, enquanto metera o dinheiro no bolso, passara a tesoura no orçamento dos policiais e sucateara a tal ponto a estrutura da polícia que os agentes estavam totalmente despreparados para um evento como a briga que terminou fazendo o palácio do governo arder.
Nas manchetes dos principais jornais da capital, o ataque ao palácio fora destaque. Mas mais destaque ainda foi a velocidade do governo em sufocar o tumulto, com uma enorme foto do governador, cercado por microfones, ao fazer uma coletiva de imprensa no pátio da Assembleia Legislativa. Para demonstrar que a segurança estava de volta, o governador retornou para casa sem escolta. E os comentaristas políticos, muitos deles dependendo do “patrocínio’’ governamental para fazer suas viagens de férias para a Europa, fizeram a festa exaltando a “coragem’’ do líder máximo do Estado.

O governador se sentira tão bem que passou em um endereço pouco conhecido, antes de voltar para casa, mas dessa vez sob escolta, visto estar longe dos olhares da imprensa. Quando saiu daquela cama perfumada, era um homem renovado. O que uma hora de prazer não fazia para despertar o estadista que dormia nele?

Uma notícia menor, contudo, lhe chamou a atenção. “Procurador de Justiça denuncia Romualdo Nunes ao TJPE’’. Romualdo... e não era que esse camarada era do seu partido? Resolveu telefonar para o líder do governo na Assembleia, que se mantivera estranhamente silencioso durante a reunião do dia anterior. Até parecia tenso, muito mais que os demais presentes. Algo ali fedia a merda.

- Ô Marcos – disse o governador, quando o aliado atendeu – você viu o jornal nessa manhã?

- Sim governador. Parece que no fim deu tudo certo.

- Tudo certo o quê, rapaz? Você viu que denunciaram o Romualdo? Que negócio é esse?

Do outro lado da linha, o deputado demorou alguns segundos para falar. Estava escolhendo as palavras certas.

- O senhor não tem que se preocupar com isso, sabe como essas coisas demoram. Não foi nada demais, só um problema aí com umas licitações na época que ele era prefeito. A gente tá traçando uma defesa pra ver a melhor maneira de sair dessa.

- Sei. Mas antes de fazer, me dê um toque. Olha – mudou de assunto – hoje vocês vão votar aquela proposta né? Tá tudo certo pra todo mundo da base aparecer?

- Tá.

-Então tá certo. Eduardo, já falou com ele?

- Tá tudo falado.


- Tá bem. Me dá um toque quando resolver isso aí.  

Mal sabia o governador que somente havia uma única coisa resolvida, e ela não era, de forma alguma, interessante para ele. 

(continua)

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