Recaí.
Mas por que voltar?
mortos não podem ressuscitar
quanto mais a nós perturbar
Mas antes um túmulo fosse tua morada
antes só mais uma lápide semienterrada
coberta pelo pó carregado pelo vento
qual é teu intento?
Alma penada de assuntos pendentes
não ouse retomar brasas dantes exauridas
não farás de mim um carente
Misto de raiva e dor indiferenciadas
ciúme e remorso pelo que não foi
Recaí? Evoluí
A ti as águas do esquecimento profundas
E, agora, nem mais uma palavra
nem mais um segundo nesta lavra
descanse em paz,
recaia tu no jazigo das coisas inexistentes.
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