Desterrado das serras agrestes
Desatino a carrear pelos prédios inférteis
Desalmado ser, numa ausência de querer
Meu passarinho bateu as asas
E, baixinho, cantou juras falsas
Adeus; e matou meu sonhar
Engolido pela terra, num engasgar
Neste vale estranho e sem vida
Teu canto te fez ninho e amada
Das pedras fostes, sozinha, a flor colhida
Pedras que não te atiro no ar
Vai, te põe a sonhar
Egresso ao beijo das folhas mortas
Eu, estrangeiro de caminhadas tortas.
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